Pela destituição da epistemologia mestra ocidental: caminhos frutíferos para “mudar a geografia da razão”
Felipe Piva
Resumo
A razão ocidental estabeleceu a impessoalidade e a universalidade como critérios epistemológicos de produção do conhecimento. Contudo, aquilo que se diz universal e transcendente, acaba por se mostrar local e historicamente específicos e limitados, ao menos é isso que nos apontam as diversas tentativas dos movimentos feministas, especialmente as vertentes negras e pós-coloniais, ao proporem um conhecimento que possa se desembaraçar das estruturas de subordinação e de dominação. Ao invés do universal e transcendente, buscam reivindicações de saberes posicionados, político e socialmente responsáveis. Nessas tentativas, uma série de problemáticas se apresentam neste ensaio ao se explorar os projetos epistemológicos que procuram dar voz aos subalternos e tratar das implicações políticas de se falar “por” e “com” eles, na tentativa de estabelecer uma outra geografia da razão.
Publicado em:
13/11/2024